sexta-feira, 13 de junho de 2008
Produtor de 'Nárnia' fala sobre o futuro da franquia
Fonte: Cinema com rapadura
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Crítica feita pelo Diário do Nordeste sobre "Príncipe Caspian"
Segunda aventura da série As Crônicas de Narnia: Príncipe Caspian não consegue manter a qualidade do primeiro e se torna o filme mais chato e aborrecido ano.
O projeto de adaptação para o cinema da série infantil ´As Crônicas de Narnia´, do escritor britânico C. S. Lewis (1898-1963), idealizado pelos estúdios Disney com as participações de Douglas Gesham (diretor do espólio de Lewis) e do diretor Andrew Adamson (da série ´Shrek´), está a perigo. Ao contrário de ´O Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa´, recebido com fartos elogios e um sucesso popular estimado em US$ 740 milhões, ´Príncipe Caspian´, o segundo dos sete filmes planejados surge bem aquém das expectativas.
Na verdade, ´Príncipe Caspian´ tem o maior problema que um filme pode ter: ser chato. À reboque, outros defeitos vão surgindo, como a lentidão excessiva, os atores fraquinhos, a ausência de fascínio e magia capaz de captar o espectador para dentro do filme, os diálogos redundantes que nada acrescentam ao que está sendo visto na tela, a ausência de elementos dramáticos colaborem para dar um ´empurrão´ e sustentem a narrativa, enfim, o filme tem muita coisa ausente. Sobra lentidão, falta dinamismo. Essas ausências levam ao espectador a sensação de estar vendo um filme ´aborrecido´, cuja maior característica é a de nada acontecer na história.
O roteiro tenta privilegiar o relacionamento entre os irmãos Pevensie - Pedro (William Moseley), Suzana (Anna Popplewell), Edmundo (Skandar Keynes) e Lúcia (Georgie Henley) - e, posteriormente, a animosidade crescente entre Pedro e o príncipe Caspian (bem Barnes). Neste contexto, o enredo tenta explorar os temas da arrogância, em Pedro, e a falta de liderança em Caspian, o qual não faz impor a sua condição de monarca. A temática do exercício da liderança, no entanto, nunca passa de um pequeno elemento perdido na trama do filme.
Adolescente
Há quem defenda que a série ´As Crônicas de Narmia´ seja uma ´versão infantil´ de ´O Senhor dos Anéis´. Talvez tenha sido esta a questão que tenha levado os adaptadores do romance, Christopher Markus, Stephen McFeely e o diretor Adamson, a dar uma conotação mais ´adolescente´ ao enredo, abrindo um espaço maior para o conflito entre estes. Mas, não adianta, pois a característica do ´filme para crianças´ está impregnado na produção, que apenas leva à tela a narrativa romanesca. E sem uma dramaticidade capaz de envolver o público e dár-lhe a sensação de estar assistindo a algo mágico, fascinante, só tende a aumentar a distância entre este e o filme.
Um exemplo da ausência de dramaticidade reside no ´despertar´ da feiticeira (Tilda Swinton). A frieza com a qual a seqüência é narrada, sem uma dramaticidade eficiente e convincente, nada ocorre de impactante, o efeito aguardado na tela é irrelevante. Outro momento que deveria ser arrebatador, o duelo entre Pedro e o vilão Miraz (Sergio Castellitto), também soa artificial, desprovido do sentido de realidade, comum e previsível.
Um terceiro problema grave no filme é o vilão. Miraz é outro ´vilão light´ como tantos outros vistos ultimamente. Castellitto, ator simpático e com ar de tristeza e nostalgia, fica ótimo para filmes como ´Não se Mova´ (o qual, por sinal, ele dirigiu) e ´A Estrela Imaginária´ (em vídeo), nunca como um vilão. Aliás, com aquela barbicha e pose de intelectual, Miraz é uma espécie de ´clone´ do famigerado Ming, rei do planeta Mongo, arquiinimigo de Flash Gordon. Este sim era realmente na pele de Charles Middleton. Falta a Castelitto a característica do real bandido, do vilão convincentemente mau, que impunha à platéia ao mesmo tempo ojeriza pelo comportamento e simpatia pela maldade absoluta com a qual elaborava suas maldades. Hoje, contrariando a dura realidade, o cinema não faz vilões como os de antigamente.
A questão da maldade e da corrupção exibida pela história é desviada, com a ineficiência de Miraz, para o político Lorde Sopespian (Pierfrancesco Favino), adversário do regime até o momento em que não estava integrado a ele. Posteriormente, ao apoderar-se da liderança, Sopespian mostra-se um perfeito político canalha e vilão. Ao perceber o ´vácuo do poder´, o assume com toda a sede que a falta de escrúpulos pode proporcionar. Sopespian é um personagem rico praticamente ausente, até então, na trama.
Contudo, ´Príncipe Caspian´ tem o privilégio de ter uma imensa qualidade técnica - atualmente a grande característica do cinema americano. As imagens feitas na Nova Zelândia são simplesmente deslumbrantes, a fotografia de Karl Walter Lindenlaub capta bem as cenas noturnas, os contrastes, a amplidão da natureza e se torna um dos destaques da parte técnica.
Orçamento
´Príncipe Caspian´, que custou cerca de US$ 200 milhões, estreou aquém da expectativa no mercado norte-americano com um faturamento de US$ 56,5 milhões. Pior ainda foi ter quedas forte de 48% na freqüência do público. No momento contabiliza apenas US$ 115milhões,com as projeções estimamando uma arrecadação de apenas US$ 140 milhões. Ou seja, o boca-a-boca do público está sendo negativo. Dificilmente sua bilheteria nos EUA superará o custo de produção, que deverá ser coberta pela arrecadação no mercado internacional. Lucro? Só quando for lançado em DVD e vendido para os canais de televisão.
O resultado financeiro não deve cancelar a terceira seqüência da série, ´A Viagem do Peregrino da Alvorada´, programada para lançamento em 2010. Mas servirá de alerta para a Disney.
Pedro Martins Freire
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
Feito pra Vocês!
Primeira Postagem ^^
Bom, esse blog aqui foi criado pra levar á vocês notícias de tudo que passa nos estúdios da Disney á respeito do novo filme e também notícias relacionadas aos atores dos filmes e coisas do tipo. Espero que todos vocês gostem.
Abraços